Premier League fica sem representantes na Champions; Messi deu mais um recital na 1.ª parte; Hart encheu a baliza; Aguero desperdiça possível reacção

Barcelona 1-0 Manchester City (Rakitic 31')

É a 2.ª vez nos últimos 3 anos que a Premier League, aquela que é considerada a melhor Liga do Mundo, não tem representantes nos melhores 8 da Europa. Mas no geral passaram as equipas com mais argumentos, a excepção foi o Mónaco. Ficando a certeza, que já vem desde o 1.º dia, que Bayern, Real e Barça continuam a ser os favoritos, e na perspectiva do FC Porto são claramente os adversários a evitar.

Supremacia dos catalães na eliminatória, recital impressionante de Leo Messi na 1.ª parte, um grande Joe Hart e um City que poderia ter feito mais (penálti falhado impossibilitou reacção). Estes foram os destaques de uma partida que levou o Barcelona a carimbar a qualificação para os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Um golo solitário de Rakitic deu conforto aos culés (1.ª parte fantástica, dominante e com perfume de Messi), mas o Manchester City teve condições para fazer tremer Camp Nou, mas o penálti falhado de Agüero e alguns lances infelizes não permitiram colocar a eliminatória em dúvida. Apesar disso, os culés somaram várias oportunidades de golo, quase todas elas negadas por um excelente Joe Hart.

Quanto à partida, os blaugrana dominaram largamente na 1.ª parte, com o City a ter muitas dificuldades para travar a estratégia catalã e a não conseguir sequer sair a jogar. Neymar foi o primeiro a estar perto do 1-0, com um remate ao poste, sendo que Messi, com uma exibição fantástica nesta fase (túneis e uma mestria imensa a controlar o jogo ofensivo), também esteve quase a marcar. Aos 31', e numa altura em que os citizens nada produziam em termos atacantes, a Pulga desmarca Rakitic e o croata, vendo a saída de Hart, finaliza com classe para o 1-0. Até ao intervalo, outra grande ocasião para Suárez, com o uruguaio a enviar a bola ao poste. Na 2.ª metade do encontro, Navas entrou para a turma de Pellegrini e os citizens conseguiram melhorar o seu jogo, explorando as laterais. Os ingleses equilibraram a partida, embora os culés continuassem a ter oportunidades (Suárez voltou a desperdiçar e Hart tirou o 2-0 a Messi). Navas ia esticando o jogo e numa dessas jogadas o City esteve perto de marcar. Depois de Alba ter visto um golo seu ser anulado, Agüero dispôs de uma grande-penalidade, mas permitiu a defesa de Ter Stegen. Até ao final, mais algumas perdidas de Suárez, Neymar e Messi, em lances negados por um enormíssimo Joe Hart (esteve a um nível brilhante).

Destaques:

Barcelona - A eliminatória nunca esteve em causa e fica claramente a ideia de que a melhor equipa seguiu para a próxima fase. Os catalães voltaram a ser superiores e, tirando alguns lances da 2.ª parte, não chegaram a tremer (o penálti convertido poderia ter esse efeito). A primeira parte foi fortíssima, dominada em todos os sectores, com grande segurança defensiva (Piqué e Mathieu foram anulando) e com um Messi fantástico (recital do argentino, sobretudo na forma como pegou no jogo catalão e como decidia as jogadas, não esquecendo de dar espectáculo). Muito desperdício na frente - Suárez falhou muito - e um controlo das operações no 2.º tempo. Nessa fase o City teve algum mérito na resposta, embora os catalães tivessem mais umas 3/4 ocasiões claríssimas (negadas por Hart e pelos ferros). Individualmente, e para além dos acima citados, Alba voltou a fazer um grande jogo (esteve perto de marcar e mostrou eficácia defensiva, apesar de ter sofrido um pouco com Navas). Ter Stegen arriscou em alguns lances (um deles poderia ter agitado a eliminatória), enquanto que Neymar esteve irregular (algumas jogadas de bom nível, mas por vezes desapareceu).

Manchester City - É certo que poderia, caso tivesse convertido o penálti ou facturado num ou noutro lance, ter agitado a eliminatória, mas a verdade é que a turma de Pellegrini não mostrou ter argumentos para contrariar e "enganar" este Barça. A Premier League fica, assim sem representação na prova milionária. A 1.ª parte foi muito pobre, com os citizens a não conseguirem travar aquele recital catalão, mostrando zero em termos ofensivos, no entanto a 2.ª parte trouxe mais verticalidade, sobretudo pela entrada de Navas (deu profundidade e rapidez), algo que redundou em ocasiões de golo. Apesar do penálti falhado, os ingleses ficam agradecidos a Joe Hart que, com uma mão cheia de excelentes defesas, negou um resultado mais volumoso, Em termos individuais, Nasri foi desastroso (nada acrescentou e agrediu Neymar), Agüero poderia ter feito muito melhor, enquanto que Yaya Touré foi dos poucos a tentar inverter a situação. Silva não conseguiu ligar o seu jogo com os homens da frente e Lampard entrou demasiadamente tarde.

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